A Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis, celebrada anualmente no mês de dezembro e instituída pela lei nº 13.504 em 2017, tem por objetivo trazer informação e conscientização sobre a prevenção, a assistência, a proteção e a promoção dos direitos humanos das pessoas que vivem com o HIV ou outras IST’S.
O mês de dezembro foi escolhido em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a AIDS, comemorado no dia 1º. A data foi criada pela Assembleia Geral da ONU e pela Organização Mundial da Saúde em 1988, década que foi assombrada pela descoberta do vírus do HIV.
Apesar do grande destaque dado ao combate ao HIV, a campanha também chama atenção para outras infecções sexualmente transmissíveis. Segundo a OMS, são contabilizados no mundo, diariamente, mais de 1 milhão de casos ISTs curáveis entre pessoas de 15 a 49 anos. No Brasil não é diferente, em 2017 foram registrados 59,1 casos de sífilis a cada 100 mil habitantes; em 2018, a taxa aumentou para 75,8.
Ao abordar as taxas de infecções por HIV, o Brasil encontra-se numa posição peculiar: entre os anos de 2010 a 2018, o país apresentou um aumento de 21% no número de novos casos, indo na contramão da média mundial, que apresentou uma queda de 16% no mesmo período.
De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), a cada 15 minutos uma pessoa se infecta com o vírus do HIV no Brasil. A maioria dos casos é registrada entre os jovens, sendo a faixa etária entre 20 a 34 anos representante de 57,5% das ocorrências.
Outro dado preocupante é que, aproximadamente, 135 mil brasileiros convivem com o HIV e não sabem, conforme dados da campanha lançada pelo MS em 2019, que trazia uma chamada importante: na dúvida, faça o teste.
Ao longo dos anos, muitos avanços foram alcançados na luta contra o HIV/AIDS. Evidências demonstraram que o tratamento do HIV é eficaz na redução da transmissão do vírus, podendo a carga viral ficar indetectável para aqueles que fazem terapia antirretroviral.
Quando o assunto é HIV e infecções sexualmente transmissíveis, sempre cabe um adendo: PREVENÇÃO! O uso de preservativo é indispensável. Em situações de diagnóstico soropositivo, a adesão ao tratamento o quanto antes, de forma correta e disciplinada, é imprescindível.
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