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Álcool e uso de medicamentos: essa combinação é segura?

Se você nunca se deparou com essa dúvida, certamente conhece alguém que já: bebida alcoólica pode ser ingerida quando se está tomando algum medicamento? A recomendação é que não se misture tais substâncias, uma vez que a eficácia do tratamento pode ser comprometida. O efeito diurético do álcool faz com que o tempo de permanência do remédio no organismo seja reduzido, além de outros fatores.

A interação do álcool com medicamentos é bastante variada, podendo causar alterações nas propriedades farmacológicas de inúmeros medicamentos. O Estudo publicado pela “Molecular Pharmaceutics” mostrou que o álcool pode alterar a interação de enzimas e de outras substâncias corporais quando em contato com ao menos 5 mil medicamentos disponíveis no mercado.

Quando associado a anti-inflamatórios, por exemplo, pode ocasionar sobrecarga no fígado. Combinar o consumo elevado de álcool com uso de antibióticos, por sua vez, pode gerar cefaleia, hipotensão, além da possibilidade de potencializar a toxidade hepática.

A atenção deve ser redobrada quando o assunto é ansiolítico e antidepressivo. O uso combinado de álcool e medicamentos indicados para tratamento de depressão, de ansiedade, dentre outros, gera o aumento da sonolência, comprometimento das habilidades motoras e elevação dos efeitos sedativos; em situações mais graves, o álcool pode acentuar o quadro clínico.

Sendo o consumo de álcool bastante comum entre a população brasileira, aliado, ainda, a cultura da automedicação, o alerta sobre os efeitos da combinação de bebida alcoólica e medicamentos é essencial e deve ser difundido. Ainda que, em alguns casos, o uso moderado de álcool e medicação não altere de maneira significativa o efeito do medicamento, tal conduta deve ser evitada.

Lembre-se: diante de uma situação entre beber e tomar qualquer tipo medicamento, consulte sempre seu médico.


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